As cidades de nosso país guardam em sua arquitetura marcas de sua evolução, ecos de uma história submersa no caos urbano.
Durante o século 19, dois grandes fotógrafos, Guillermo Kahlo e Henry Greenwood, começaram a coletar a grandeza arquitetônica do México; dos seus resultados surge a exposição Dos Miradas a la Arquitectura Monumental.
Os contextos históricos dos dois fotógrafos eram muito diferentes. Nos Estados Unidos, de onde Greenwood era natural, havia um grande interesse pelo hispânico.
O entusiasmo pela Nova Espanha levou à publicação de Arquitetura Colonial Espanhola no México, um livro do repórter Sylvester Baxter com fotografias de Henry Greenwood que influenciaram muito a arquitetura californiana da época.
Por outro lado, no México o cosmopolitismo e a europeização predominaram.
Os monumentos pelos quais os americanos tanto se interessaram eram vistos como vestígios de um mundo que desapareceria para dar lugar a um país mais moderno, repleto de palácios de estilo francês e veneziano.
Por acaso, a obra de Baxter chega às mãos de Porfirio Díaz, que, surpreso, confia a Guillermo Kahlo a realização de um inventário fotográfico do patrimônio arquitetônico do país.
Monumentos como a Catedral Metropolitana, a Casa de los Azulejos, o Palacio de Bellas Artes e o site de San Ildefonso, tirados em momentos diferentes por ambos os fotógrafos, podem ser apreciados nesta exposição.